segunda-feira, 20 de outubro de 2008

[porquê?]

São tantas perguntas em minha mente neste momento, que de fato, me entristecem.
Porque, quando atingimos certas idades ou épocas da vida, não podemos mais gostar disso ou aquilo?
Porque tudo muda?
Onde vai parar aquela velha inocência e grandeza no olhar, no gesto, no toque, no simples sonhar?
Porque as pessoas mudam, o mundo muda, a visão de tudo muda?
Fato é que as coisas se tornam realistas, tudo o que vemos realmente é aquilo que vemos, tão triste como a tal realidade.
Crescemos, nos tornamos adultos (chatos) e deixamos quase 100% de nossos sonhos e magias para colocar no lugar coisas inúteis ou supérfluas, como ambições, tristezas, invejas ou maldades, e principalmente preconceitos.
Pare e pense: porque não posso mais fazer isto, ou aquilo, que me faz tão bem e me traz tanta alegria? Porque não sou tão jovem, ou simplesmente, porque ninguém na mesma idade não faz?
Na real, qual o problema de se viver intensamente cada momento, independentemente deste momento?
Quem foi que disse que isso e aquilo não podem ser assim ou daquele jeito?
Porque o “ser humano” insiste em ser “ser humano”?
Me magoa saber que tudo é assim tão “nu e cru”...
Às vezes observo como as pessoas são ridiculamente coisas, ou objetivos, movidos por uma força maior que atrai apenas coisas e mais coisas.
Mas para que tudo isso vale à pena?
As pessoas correm a vida toda atrás de coisas tão tolas, e se esquecem que o que faz realmente a vida ser vida, o que realmente as fazem bem, felizes, estão nelas mesmas.
Olhe a sua volta. O que você tem? O que você conquistou? Para que serve isso em suas mãos? Porque algo tão pequeno satisfaz tanto suas vontades? Dinheiro? Marcas? Status? Posições? Superioridade?
Nada disso basta.
A sociedade é dona do ser mais inferior existente no mundo: o próprio ser.
Ter consciência disso só traz à realidade a verdade.
Lamentações a parte, tenho um pouco de nojo dos seres, onde preferia ser como um pequeno animal, em um antigo quadrinho, cuja a função no mundo é apenas observar e observar.
Hoje, ontem, e por um pequeno (ou grande) espaço de tempo, tenho percebido que o mundo, cada vez mais, se torna dês-mundo.
E ainda me pergunto: porque não posso fazer isso assim, do jeito que eu gosto?
Assisto, ouço e vibro, sonho e imagino, algo muito além do “isso”, “aquilo”, ou “eu quero...” ou sei lá o que...
Pensar (às vezes) enlouquece.
Mas do que importa tudo?
Nada. Assim como o próprio ser.
{...}
Gostaria de poder mudar muitas coisas no meu hoje, e no meu amanhã; mas me sinto um pouco incapaz no momento.
Quero respirar fundo, sentir aquelas velhas sensações que me dão inteiro prazer em viver, e que me enchem de esperanças e coragem para enfrentar esse mundo a fora, que de tão nojento se torna inútil.
Hoje, tenho prioridades em minha vida, e coisas que me fazem sorrir instantaneamente.
Você. Eu. Nós...
Sempre. Isto é fato.
Amo isso. Apenas. E (de certa forma) odeio o resto.
E ponto
.





“Às vezes as palavras se tornam um tanto duras,
mas não tanto quanto a realidade."



Um comentário:

  1. Caramba, esse cabeção está cheio de pensamentos. Ainda bem que são conclusões que fazem total sentido.
    E concordo.
    Beijos.

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